Dilma Tavares
A internet revolucionou a comunicação e isso inclui a forma de se fazer comércio e propaganda. E a inserção das micro e pequenas empresas nesse mundo é fundamental para o crescimento desses negócios. A avaliação é do gerente de suporte para pequenas empresas do Google, Luciano Santos, em palestra para analistas de mercado do Sebrae, em Brasília, nesta quarta-feira (17).
Luciano dimensionou a importância da internet: hoje, disse, 1,4 bilhão de pessoas estão online no mundo; a América Latina tem 141 milhões de Internautas e no Brasil eles são 64 milhões, com a banda larga em rápido crescimento. Esse ambiente é reforçado pelo surgimento das chamadas comunidades, ampliando o potencial desse meio de comunicação.
“Hoje, a internet não é só venda, compra ou possibilidade de fazer propaganda; é, também, a possibilidade de se perguntar e dar opiniões para tomar decisões” exemplificou o gerente do Google.
Luciano também lembrou que o comércio eletrônico já é uma realidade no País - o e-comerce é um negócio bilionário estimado, este ano, em R$ 9,2 bilhões. Os anunciantes já perceberam esse potencial. Em 2008, de acordo com ele, o investimento em publicidade online foi de R$ 759 milhões.
A realidade da propaganda nos meios tradicionais, como rádios, jornais, revistas e televisão também mudou, especialmente com o aumento da quantidade e diversidade de veículos. Isso, segundo Luciano, dificulta um alcance extensivo do público-alvo, principalmente para os pequenos empreendimentos com poucos recursos disponíveis para investir nessa pulverização e tendo que optar por um ou outro veículo.
Na sua avaliação, é impossível para uma empresa “atingir um grande público utilizando os meios tradicionais se não for uma multinacional”. A alternativa, acredita, está na internet, acessada diariamente por milhões de pessoas. Os internautas encontram o que procuram de maneira mais rápida.
Entre as vantagens da Internet, Luciano relaciona segmentação, “permitindo a escolha do público que acessará à propaganda ou ao produto oferecido”; flexibilidade, “não havendo necessidade, por exemplo, de esperar a impressão ou publicação de determinado material publicitário; e a possibilidade de mensurar a efetividade da iniciativa.
Educação digital
Luciano admite, porém, que muitas pequenas empresas enfrentam o problema da exclusão digital, não só pela falta de acesso à internet, mas também pela dificuldade em utilizar as ferramentas da web. “Isso tira a possibilidade de a empresa concorrer de maneira justa com outras; quem consegue utilizar o sistema está na frente”.